Conhecida pelo nome de benzidrina, a anfetamina foi largamente utilizada na Segunda Guerra Mundial pelos soldados que queriam evitar a fadiga, aumentar a coragem e diminuir a consciência do perigo. O uso indiscriminado dessa substância acarretou sérias consequências, como erros fatais nas aterrissagens por parte dos pilotos, o que levou à sua proibição.
Essa substância causa dependência e altera o comportamento do indivíduo, provocando diminuição ou perda do apetite, insônia, falta de afetividade, agressividade, taquicardia, sudorese, etc. Estudos mostraram que alunos, ao utilizar anfetaminas, alteravam o seu comportamento, tornando-se desrespeitosos, descuidados e desinteressados. Na realização de provas, ficavam inseguros, dando respostas disparatadas às questões.
Hoje a sua comercialização é controlada; pode ser comprada apenas mediante receita médica apropriada, que fica retida na farmácia.
Hoje a sua comercialização é controlada; pode ser comprada apenas mediante receita médica apropriada, que fica retida na farmácia.
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Definição
As
anfetaminas são drogas estimulantes da atividade do sistema nervoso
central, isto é, fazem o cérebro trabalhar mais depressa, deixando
as pessoas mais “acesas”, “ligadas” com “menos sono”, “elétricas”,
etc. É chamada de rebite principalmente entre os motoristas que
precisam dirigir durante várias horas seguidas sem descanso, a fim
de cumprir prazos pré-determinados. Também é conhecida como bolinha
por estudantes que passam noites inteiras estudando, ou por pessoas
que costumam fazer regimes de emagrecimento sem o acompanhamento
médico.
Nos
USA, a metanfetamina (uma anfetamina) tem sido muito consumida na
forma fumada em cachimbos, recebendo o nome de “ICE” C gelo).
Outra
anfetamina, metilenodióximetanfetamina (MDMA), também conhecida
pelo nome de “Êxtase”, tem sido uma das drogas com maior aceitação
pela juventude inglesa e agora, também, com um consumo crescente
nos USA.
As
anfetaminas são drogas sintéticas, fabricadas em laboratório. Não
são, portanto, produtos naturais. Existem várias drogas sintéticas
que pertencem ao grupo das anfetaminas e como cada uma delas pode
ser comercializada sob a forma de remédio, por vários laboratórios
e com diferentes nomes de fantasia,
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Efeitos no cérebro
As
anfetaminas agem de uma maneira ampla afetando vários comportamentos
do ser humano. A pessoa sob sua ação tem insônia (isto é, fica com
menos sono) inapetência (ou seja, perde o apetite), sente-se cheia
de energia e fala mais rápido ficando “ligada”. Assim, o motorista
que toma o “rebite” para não dormir, o estudante que ingere “bolinha”
para varar a noite estudando, um gordinho que as engole regularmente
para emagrecer ou ainda uma pessoa que se injeta com uma ampola
de Pervitin ou com comprimidos dissolvidos em água para ficar “ligadão”
ou ter um “baque” estão na realidade tomando drogas anfetamínicas.
A
pessoa que toma anfetaminas é capaz de executar uma atividade qualquer
por mais tempo, sentindo menos cansaço. Este só aparece horas mais
tarde quando a droga já se foi do organismo; se nova dose é tomada
as energias voltam embora com menos intensidade. De qualquer maneira
as anfetaminas fazem com que um organismo reaja acima de suas capacidades
exercendo esforços excessivos, o que logicamente é prejudicial para
a saúde. E o pior é que a pessoa ao parar de tomar sente uma grande
falta de energia (astenia) ficando bastante deprimida, o que também
é prejudicial, pois não consegue nem realizar as tarefas que normalmente
fazia antes do uso dessas drogas.
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Efeitos no resto do corpo
As
anfetaminas não exercem somente efeitos no cérebro. Assim, agem
na pupila dos nossos olhos produzindo uma dilatação (o que em medicina
se chama midríase); este efeito é prejudicial para os motoristas,
pois à noite ficam mais ofuscados pelos faróis dos carros em direção
contrária. Elas também causam um aumento do número de batimentos
do coração (o que se chama taquicardia) e um aumento da pressão
sanguínea. Aqui também podem haver sérios prejuízos à saúde das
pessoas que já têm problemas cardíacos ou de pressão, que façam
uso prolongado dessas drogas sem o acompanhamento médico, ou ainda
que se utilizarem de doses excessivas
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Efeitos tóxicos
Se
uma pessoa exagera na dose (toma vários comprimidos de uma só vez)
todos os efeitos acima descritos ficam mais acentuados e podem começar
a aparecer comportamentos diferentes do normal: ela fica mais agressiva,
irritadiça, começa a suspeitar de que outros estão tramando contra
ela: é o chamado delírio persecutório. Dependendo do excesso da
dose e da sensibilidade da pessoa pode aparecer um verdadeiro estado
de paranóia e até alucinações. É a psicose anfetamínica. Os sinais
físicos ficam também muito evidentes: midríase acentuada, pele pálida
(devido à contração dos vasos sanguíneos) e taquicardia.
Essas
intoxicações são graves e a pessoa geralmente precisa ser internada
até a desintoxicação completa. Às vezes durante a intoxicação a
temperatura aumenta muito e isto é bastante perigoso pois pode levar
a convulsões.
Finalmente
trabalhos recentes em animais de laboratório mostram que o uso continuado
de anfetaminas pode levar à degeneração de determinadas células
do cérebro. Este achado indica a possibilidade de o uso crônico
de anfetaminas produzir lesões irreversíveis em pessoas que abusam
destas drogas.
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Informações sobre consumo
O
consumo destas drogas no Brasil chega a ser alarmante, tanto que
até a Organização das Nações Unidas vem alertando o Governo brasileiro
a respeito. Por exemplo, entre estudantes brasileiros do 1º e 2º
graus das 10 maiores capitais do país, 4,4% revelaram já ter experimentado
pelo menos uma vez na vida uma droga tipo anfetamina. O uso frequente
(6 ou mais vezes no mês) foi relatado por 0,7% dos estudantes. Este
uso foi mais comum entre as meninas.
Outro
dado preocupante diz respeito ao total consumido no Brasil: em 1995
atingiu mais de 20 toneladas, o que significa muitos milhões de
doses.
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