22 de jul. de 2014

NANOJUICE: Uma bebida que pode vir a ajudar os exames feitos no intestino.

Segundo os pesquisadores, os pacientes poderiam beber o nanojuice como se fosse água. 

    Sabemos que, devido o intestino delgado ser localizado no fundo do intestino humano, ele não é fácil para de se analisar. Métodos utilizados atualmente, como os Raios-X, ressonância magnética e ultrassom podem a vir fornecer imagens instantâneas, porém sofrem limitações. Com esse pensamento, pesquisadores dizem que a ajuda está a caminho.
    Pesquisadores da University at Buffalo estão tentando desenvolver uma nova técnica para captar melhores imagens em exames, utilizando nano-partículas em suspensão no líquido para formar o "nanojuice". A novidade é que os pacientes poderão bebê-lo como se fosse água (mas é claro, isso para a preparação pré-exame). Essa técnica funciona do seguinte modo: quando o líquido atinge o intestino delgado, as nano-partículas entrarão em processo digestivo. No entanto, esse tempo será o suficiente para que os médicos "ataquem" as nano-partículas com uma espécie de laser inofensivo, fornecendo assim através de aparelhos específicos, uma imagem incomparável a qualquer outra, uma imagem em tempo real do órgão.
    Descrito no dia 06 de julho na revista Nature Nanotechnology, o avanço poderia ajudar os médicos a melhor identificar, compreender e tratar doenças gastrointestinais.
    "Métodos de imagem convencionais mostram o órgão e bloqueios, mas este método permite que você veja como o intestino delgado opera em tempo real", disse o autor correspondente Jonathan Lovell, PhD, professor assistente de engenharia biomédica. "Uma melhor imagem nos fará ter uma maior compreensão destas doenças e claro, isso permitirá que os médicos possam cuidar das pessoas de forma mais eficaz."
    O intestino delgado humano médio tem cerca de 23 metros de comprimento e uma polegada de espessura. Localizado entre o estômago e o intestino grosso, é onde a maior parte da digestão e absorção dos alimentos ocorre. É também onde ocorrem sintomas de síndrome do intestino irritável, doença celíaca, doença de Crohn e outras doenças gastrointestinais.
    Para avaliar o órgão, os médicos normalmente requerem que os pacientes bebam um líquido grosso, de bário (O bário preenche e reveste todo o forro interno de intestino, criando uma clara silhueta do reto, cólon e porção do intestino delgado). Os médicos, em seguida, usam raios-X, ressonância magnética e ultrassonografias para avaliar o órgão, mas essas técnicas são limitadas no que diz respeito à segurança, acessibilidade e falta de contraste adequado, respectivamente.
    Além disso, nenhum deles são altamente eficazes em fornecer imagens em tempo real de movimento, tais como peristalse, que é a contração dos músculos que impulsionam o alimento através do intestino delgado. A disfunção desses movimentos podem ser ligados às doenças anteriormente mencionadas, bem como os efeitos secundários de distúrbios da tireoide, diabetes e doença de Parkinson.
    Lovell e uma equipe de pesquisadores trabalharam com uma família de corantes chamados naphthalcyanines (naftalocianina). Estas pequenas moléculas absorvem grandes porções de luz próximos ao espectro do infravermelho, que é o intervalo ideal para agentes de contraste biológicos.
    Eles não são adequados para o corpo humano, pois não se dispersam no líquido e isso pode fazer com que sejam absorvidos pelo intestino para a corrente sanguínea.
    Para resolver esses problemas, os pesquisadores formaram nano-partículas chamados "nanonaps" que contêm as moléculas de corante coloridas e acrescentou as habilidades para dispersar no líquido e se movimentar com segurança através do intestino.
    Em experimentos de laboratório realizados com ratos, os pesquisadores administraram o nanojuice por via oral. Eles então usaram tomografia fotoacústica (PAT), em que é pulsada luzes de laser que geram ondas de pressão que, quando medido, fornecem uma visão em tempo real e com mais nuances do intestino delgado.
    Os pesquisadores planejam continuar a aperfeiçoar a técnica para testes em humanos, e se mudar para outras áreas do trato gastrointestinal.

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